Aquela frase que ouvi algumas vezes perante alguém moribundo:
"Não quero ir vê-lo/a assim, porque quero ficar com a imagem de antes,
forte, saudável...”
E que antes eu simplesmente estranhava, vejo agora que é duma cobardia, egoísmo e crueldade atroz. Sei que muitas pessoas não fazem por mal e o medo da realidade que a todos assiste - a morte - os faz esconder por detrás duma cobardia que não conseguem admitir, nem a si próprios. Só tenho pena e me culpo, por descuido e ignorância, das visitas que não fiz, da mão que não dei, do olhar, da caricia, do abraço, do consolo, de simplesmente ter lá estado. Olhando de frente a pessoa, que é a mesma de antes, para que se reflicta nela como um espelho, não o horror da morte mas o amor pela sua vida e por ela, que ainda ali está. Constato com tristeza que só é preciso pormo-nos no lugar do outro. E dar-lhe a liberdade de despir-se de vaidades e ser, naquela hora terrível, ela própria. Como quando nascemos, morrermos. Simplesmente.
E que antes eu simplesmente estranhava, vejo agora que é duma cobardia, egoísmo e crueldade atroz. Sei que muitas pessoas não fazem por mal e o medo da realidade que a todos assiste - a morte - os faz esconder por detrás duma cobardia que não conseguem admitir, nem a si próprios. Só tenho pena e me culpo, por descuido e ignorância, das visitas que não fiz, da mão que não dei, do olhar, da caricia, do abraço, do consolo, de simplesmente ter lá estado. Olhando de frente a pessoa, que é a mesma de antes, para que se reflicta nela como um espelho, não o horror da morte mas o amor pela sua vida e por ela, que ainda ali está. Constato com tristeza que só é preciso pormo-nos no lugar do outro. E dar-lhe a liberdade de despir-se de vaidades e ser, naquela hora terrível, ela própria. Como quando nascemos, morrermos. Simplesmente.