quinta-feira, 13 de outubro de 2022

De vez em quando tenho uma vontade imensa de te mandar uma mensagem a contar-te coisas a contar-te tudo a dizer-te que tenho saudades e que te amo horrores. Que a dor não cabe em mim que já não sei o que fazer com ela sempre aqui dentro a magoar-me a remexer em tudo nas recordações na falta que me fazes na minha vida toda em toda eu. Estás sempre aqui dentro de mim, esvaziando-me.

Sinto a tua falta em todo o lado. É uma dor intermitente, constante e intensa. É um paradoxo inconsciente que arde dentro de mim.

coisas

E a nossa vida toda é feita de pequenas e grandes coisas e do seu contrário. Encontros e desencontros. Entendidos e mal-entendidos. Querer e desejar. Afastar e enjoar. As mesmas coisas. E assim numa roda vamos construindo e destruindo a nossa vida. A pouco e pouco quase sem dar por ela. Como se tudo fosse sucedendo sem escolhas, sem decisões.

terça-feira, 29 de março de 2022

TONGATABU

"Finalmente! Finalmente sou para ti a que não é outra. Finalmente...Sou agora a única!

...

Nada existe no mundo senão nós dois, senão este ou esta que juntos somos. Creio...Creio que só nasci para viver esta espécie de morte. Creio que todos os dias ressuscitarei para todos os dias assim morrer."

Orlando Vitorino in Tongatabu

quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

Sempre o tempo

Um tempo onde não há tempo onde a presença e a ausência se confundem os sentimentos se sublimam e o amor prevalece estarás lá finalmente comigo e eu contigo e juntos, num sopro que só o outro mundo exala.

quinta-feira, 10 de junho de 2021

Onde

Fecho os olhos e penso, onde queria estar um dia? Um dia destes. Durante uns dias, só uns dias. 
Numa casa de madeira pintada de azul-claro e branco (já que é sonho que seja com detalhes) com um alpendre. Com chão macio e tapetes de algodão para poder andar descalça. Mesmo em frente a uma praia. 
Está sol, mas não calor demais. 
Acordo quando me apetece. Nada nem ninguém depende de mim. Tomo café no alpendre. Vou-me estender ao sol na praia e dar um mergulho. Passear na praia. Sentar e ler. Comer quando apetecer. Ouvir música. Sem horas para nada. Tudo ao meu ritmo e desejo. Contigo.

segunda-feira, 29 de março de 2021

Desejos

Vou-te desejando os bons dias e as noites e as tardes.
E vou-te desejando a toda a hora.
Em silêncio. Tudo em silêncio.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2021

Escrevo para me perceber 

quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Passagem de ano

Cada vez sinto menos esta excitação com a passagem de um ano para o outro. Fazer coisas especiais no último dia do ano, despedidas, telefonemas, como se houvesse eternidades ou um fosso entre este dia e o próximo. Como se amanhã fosse um dia diferente de recomeços, e não fossem assim todos os outros dias. E afinal é simplesmente como o tempo, tudo tão relativo. Neste mundinho em que todos vivemos, neste momento, já é amanhã nuns sítios e ainda é hoje aqui e agora. Só que hoje eles, os que vivem lá longe, já estão no “novo” ano e não só num amanhã qualquer, de um dia qualquer. O que separa o hoje e o amanhã é simplesmente uma noite como todas as outras e em todo o lado.

*****Só para esclarecer que nada disto que escrevi foi com melancolia ou tristeza. Continuo, graças a Deus, a adorar festas e comemorações e dançar e divertir-me. Mas é nesta e em todas as outras noites do ano. E sempre que posso.

***** Escrevi isto há 4 anos no facebook, hoje só tirei o numero do ano e substitui por "novo" no texto principal e acrescentei "E sempre que posso" no esclarecimento porque foi difícil este ano fazer festas, comemorações, dançar (acompanhada pelo menos) e divertir-me. Nisso e noutras coisas espero que o novo ano traga (boas) grandes mudanças.


quinta-feira, 26 de novembro de 2020

E um dia numa dança

Com um toque tudo mudou. Reconheceram-se?

Era uma festa de aldeia dos santos de Agosto, calor, luzes penduradas das árvores e dos postes. O povo dançava esquecendo a vida dura dos campos alentejanos. Chegaram de carro, um grupo de jovens à procura do divertimento diferente das discotecas, do fumo e das luzes néon.

Misturaram-se na multidão, a rir, a conversar e a dançar. Ele e ela, por um simples acaso do destino, deram as mãos, ele rodeou-lhe a cintura com o braço e começaram a dançar. E ao ritmo da dança que aumentava, rodopiaram, seguraram as mãos com mais força, encostaram a cara, os corpos uniram-se e tudo encaixou. Quando a música parou, não se conseguiram afastar logo, olharam-se envergonhados como se fosse a primeira vez. Queriam continuar aquela dança para sempre.

terça-feira, 17 de novembro de 2020

Deixa...

Esquece meu amor

Não ligues aos meus impulsos, á intensidade do que quero que sintas por mim. Amor não se compara. Apesar de tentarmos sempre desde pequeninos querer ser os mais amados. Amor não se conta, nem se descreve. Amor é só sentir. Ou não.

Mas às vezes é grande demais, tão demais que quase rebenta. E o outro lado nunca é suficiente, porque o nosso parece ser único. Inigualável. Porque só nós é que sabemos do que somos capazes.

Desculpa meu amor. Não é culpa tua. Já me deste tanto e nunca prometeste mais. Eu é que devia ter percebido desde o início, desde lá do princípio de tudo, quando ainda não era assim.

segunda-feira, 16 de novembro de 2020

Desvarios

Linhas e mais linhas e vidas, paralelas às vezes. Experiências vividas, histórias que paralelamente se completam ou entrecruzam. Pessoas e paixões, amores e desvarios. Encontros e desencontros. 

E mais desvarios. Nesta amálgama de sentimentos experiências pensamentos e saudades que é a vida interior de cada um.  E quem vê de fora não imagina o vendaval que vai por dentro.

Coração desmesurado intenso e louco que procura a planície calma e quente de um fim de tarde de verão para apaziguar a tempestade em que irremediavelmente se tornou. Num desvario. Sem fim no horizonte.


terça-feira, 23 de junho de 2020

Pandemia 5

Estamos aqui todos, no mundo inteiro, a viver as nossas vidas como se isto fosse normal. Olhamos para as redes sociais, para a vida que mostramos ao mundo, e parece tudo normal. Como se só houvesse um pequeno contratempo. Uma fase. Mas não é só um contratempo e pode não ser só uma fase.
Não podemos ir onde nos apetecer.
Não podemos ir a lado nenhum à vontade.
Não podemos ter festas, casamentos, concertos, estar com muitas pessoas.
Não podemos mexer à vontade nas coisas.
Não podemos tocar, abraçar, beijar quem nos apetecer.
Não podemos cumprimentar as pessoas como antes.
Temos de usar uma máscara em montes de sítios.
E digo ali em cima que estamos a viver isto como se fosse normal, tão normal que já toda a gente sabe, opina, manda, no que os outros podem ou não fazer. Como se já tivessem passado por 10 pandemias destas.
Se no princípio estávamos todos com medo e solidários e com o Buda que há em nós à flor da pele. Agora veio ao de cima o Hitler que há em todos os desgraçados que nunca mandaram em nada na vida, que nunca controlaram nada, mas têm pena.
Meninos, não se controla nada mesmo. Nunca.

sexta-feira, 29 de maio de 2020

Pedaços


Sei que me faz mal, mas apetece-me loucamente. E sei que se experimentar uma vez vou querer mais e depois ou volto mais vezes e me faz mal ou foi só aquela vez e custa-me ainda mais deixar.

É como um cigarro.

quarta-feira, 15 de abril de 2020

em pedaços

Voltar a sentir aquele vazio, aquela dor, a incerteza do sentir. 
Mais uma vez ninguém percebe. Não percebe a dimensão do que sinto e do que sou capaz de fazer e sacrificar. 
Não quero ficar com tudo, quero escolher o amor. 
O resto não é importante para mim, nunca foi.

sexta-feira, 3 de abril de 2020

Pandemia 4

Respeito e admiração pelo General Ramalho Eanes. Comoveu-me a sua entrevista na RTP (agora não é muito difícil comover-me...).
Fico orgulhosa de em miúda ter participado na campanha que o elegeu nosso Presidente e de o ter recebido no comício na minha terra (por engano escreveram Beja quando realmente foi em Estremoz). Estava orgulhosamente a segurar a bandeira de Portugal.
Ele tem aquele carisma de herói. Aqueles princípios morais dos bons militares, de entrega, serviço, solidariedade e camaradagem que nos faz confiar, respeitar e se for preciso, obedecer.


quarta-feira, 1 de abril de 2020

Pandemia 3

Estou sem "cortex" (era o que antes dizíamos de dizer o que se pensa sem pensar e sem censura). Nunca tive muito, mas agora então...
Não sei se é da incerteza dos dias. Se é de estarmos isolados, escudados detrás das paredes. Podemos falar e ninguém nos vê. De não saber o dia de amanhã. De repente nada é seguro. Ninguém sabe mais que nós e ninguém é diferente de nós. Estamos num limbo em que finalmente a frase tema deste blogue faz todo o sentido, é por tudo ou por nada. Tudo o que deixei por fazer, por dizer, por viver. Tem que se realizar. A teoria do viver o presente passa a prática. E já nada faz sentido como era antes.

terça-feira, 31 de março de 2020

Pandemia 2

Desculpem lá mas deixem-se de merdas e politiquices e bairrismos e nazismosÓcovides. Estamos todos no mesmo barco, uns portam-se melhor que outros, mas se isto abana muito vamos todos ao charco. Os números nem sempre estão certos, mas a verdade é que ainda assim estamos melhor do que muitos países (eu sempre disse que pedir aos tugas, e então aos alentejanos, que fiquem no sofá não ia ser difícil). Lembrem-se dos doentes que estão sozinhos. Lembrem-se de quem gosta deles que não podem ir dar-lhes a mão. Lembrem-se dos que morrem sozinhos. Dos amigos e famílias que não os podem acompanhar á ultima morada (seja a morte de covid ou não). E lembrem-se dos médicos, enfermeiros, pessoal hospitalar, de lares, de cuidadores, de forças de segurança, públicos e privados, todos os que estão nas linhas da frente, que são tantas.
Só espero é que depois deste pesadelo, todos juntos possamos ter aprendido alguns ensinamentos, algumas lições, que tenhamos apreendido as prioridades da vida. Que depois e antes da saúde está sempre e só o amor e o amor são os outros.

sábado, 21 de março de 2020

Pandemia 1

Já estou baralhada com tanta coisa para fazer em quarentena.
Ele é visitas virtuais a museus, aulas de ginástica e yoga e danças online, organizar a cozinha e as refeições, fazer máquinas de roupa, aspirar (?), ler todos os artigos e coisas e previsões sobre o corona, mais o livro que engonhamos há semanas, organizar finalmente todas as fotografias no Google Fotos, fazer um puzzle, ver filmes e series.
Escrever! Escrever!
Organizar e escrever os poemas inéditos da Tia Palmira.
Falar com as pessoas ao telefone e por video.
Caramba que não há sossego.
Por isso não se queixem e FIQUEMOS EM CASA!



Ah e falta o ouvir música e dançar como uma maluca que agora tenho desculpa.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

Por tudo e por nada


De repente num lugar inusitado num momento desprovido de interesse e de tempo estava eu parada a olhar para uma fotografia ao longe, e veio tudo ao de cima como se voltasse lá. Aquilo tudo outra vez percorreu-me de alto a baixo envolveu-me abraçou-me e senti-nos. A emoção de novo, a pele como se fosse uma e única, a urgência a ânsia a união a comunhão o reencontro. Tudo de repente, devagar, como se não houvesse tempo, como se fosse eterno.  

domingo, 2 de setembro de 2018

Cheiros

Um dia desapareceste , ainda te procurei em tantos lados, perguntei por ti mas nada, parecia que te tinhas evaporado pura e simplesmente. Ao fim de tantos anos em que foste o meu preferido, aquele que eu adorava acima de todos. Éramos inseparáveis. Estávamos ligados de tal maneira que através de ti as pessoas me identificavam. Mas tive que me adaptar á tua ausência, habituar-me a não te ter, o tempo cura tudo. E depois de uns tempos conturbados a experimentar vários e nada me contentar como tu, encontrei outro. Finalmente! E voltei a ser feliz. Mas sempre a pensar em ti, naquele que partiu. Passaram-se anos e há uns dias atrás alguém te trouxe de novo a mim, sabendo o quanto eu gostava de ti. Fiquei tão agradecida, ia ter-te de novo! Mas acho que se calhar com o tempo e a ausência fantasiei demais acerca de ti e das tuas qualidades e quando finalmente te tive nas mãos, te senti na minha pele e inspirei o teu aroma, já não te senti como meu, já não eras aquele especial. Devo ter sido eu que mudei, mas deixaste de ser o meu sonho. O outro, é agora o meu perfume preferido.

domingo, 26 de agosto de 2018

Além

Ou eu só conheço gente extraordinária ou a aproximação da morte dá-lhes uma sabedoria e dignidade que nos espanta a todos. Choro lágrimas de saudade antecipada, de tristeza por ver acabar aos poucos, e depressa demais, uma vida tão cheia de vida. A morte faz parte intrínseca da vida e não é só quando ela se aproxima, é desde sempre. Não há fim, a morte nem sempre vem lá no fim. Vem de repente, vem cedo, vem antes do tempo. No fundo está sempre lá, aqui. E esta gente extraordinária deve ver isso , deve-se lhes ser dada a sabedoria de perceber para além. Para além do que nós ainda não conseguimos ver e sentir.

quinta-feira, 26 de julho de 2018

Entre mundos

As minhas noites têm sido um desassossego. Nos meus sonhos parece que estou no meio de um filme entre Blade Runner e Lost in Translation. Não sei se por causa do jet lag, do intensa e fantástica que foi a viagem ao Japão ou se por estar a ler antes de dormir o livro “A Rapariga Que Inventou Um Sonho” do Murakami - ainda lá estou! Ou pelo menos o meu sub-consciente. Que viagem fantástica. Foram dias cheios de contrastes, completos, enormes e ao mesmo tempo curtos, corridos, a querer mais. Tanto, tanto, que as minhas noites continuam lá, a viajar, a viver em assombro uma outra viagem. Acordo a meio da noite sobressaltada e quero voltar a adormecer para continuar o sonho. E de manhã sinto tudo mas não me lembro de nada.

sábado, 20 de janeiro de 2018

Na vida

Acontecem-nos coisas boas e más, fazemos coisas mais ou menos importantes, mas o que verdadeiramente nos define e marca são as relações com os outros.

terça-feira, 28 de fevereiro de 2017

Amores

Temos esta mania, egoísta,  nos amores de querer ser únicos. E somos, só que não em número. Os amores românticos são como o amor em geral, como pelos filhos, que por amarmos muito o segundo não amamos menos o primeiro, e vice-versa e assim sucessivamente. Os amores não se substituem, acrescentam-se.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Filmes sem tempo

Realmente as coisas acontecem quando têm que acontecer, ás vezes não é o tempo certo para isto ou aquilo ou alguém. Até os livros ou os filmes
, acontecem-nos quando os devemos sentir, quando fazem sentido. Foi o caso deste filme e de mim.

"For what it’s worth: it’s never too late or, in my case, too early to be whoever you want to be. There’s no time limit, stop whenever you want. You can change or stay the same, there are no rules to this thing. We can make the best or the worst of it. I hope you make the best of it. And I hope you see things that startle you. I hope you feel things you never felt before. I hope you meet people with a different point of view. I hope you live a life you’re proud of. If you find that you’re not, I hope you have the courage to start all over again."
Eric Roth, The Curious Case of Benjamin Button Screenplay

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Ilusões


Realmente , quando nos queremos iludir, porque queremos muito que alguém, ou uma situação, sejam aquilo que nós gostaríamos ou desejamos, não vemos nada. Nem se estiver mesmo à nossa frente. Nem que outros nos avisem. É impressionante! Há pessoas, ou situações, que são verdadeiras fraudes ou "blufs". E depois , de repente, como que por magia, cai o pano - porque uma ilusão não se consegue manter por muito tempo, é impossível fingir o tempo todo - e só nessa altura conseguimos ver todos os sinais , que estiveram sempre lá, mas que nós não queríamos ver. Enfim, é a vida. E ela continua e vamos continuar a errar e a fingir e a ver os outros fingir e a ter ilusões e a seguir desilusões, e a única coisa que vamos aprendendo é a não ficar tão tristes, nem zangados, nem a deitar culpas - a nós e aos outros - de cada vez que isso acontece. E isso já é um grande passo. Porque uma vida sem um bocadinho de ilusão também não tem muita graça. E porque às vezes é preciso "pintar" as pessoas ou as situações para as vermos mais bonitas. 

domingo, 10 de abril de 2016

Porta-retrato



A tua falta sente-se pela casa, nas cadeiras, na mesa de jantar, nas conversas, nos nossos olhos, na maneira como te procuramos nos teus sítios... A tua falta enche a casa e não conseguimos pensar em mais nada, senão na tua ausência tão presente.

segunda-feira, 8 de junho de 2015

Sweet fifthteen



Foi agora, já na idade da não-inocência que demos aquele abraço, que nos deviamos, que já devia ter sido dado quando eramos tão novos que nada de mal acontecia, quando a vida em si nos atirava para esse abraço, naturalmente. Como naquela dança, em que me encostei a ti e nada mais importava. Tudo podia acabar ali. É quando temos mais futuro, que o futuro não tem importância nenhuma... Está sempre longe demais. Tudo demorava e por isso tudo era urgente. Agora? Já nada importa, é tudo relativo. A vida, o tempo, as coisas , é tudo relativo. Até os sentimentos.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

sonhos

Ao fim deste tempo todo, às vezes, raramente, ainda sonho contigo. E ontem foi assim, cruzámo-nos na rua, vinhas com umas crianças, e eu com as minhas. Não reparei quem vinha atrás de ti. Comecei a sorrir-te assim que te vi, ainda a uns metros de distancia e tu... tu olhaste através de mim. Eu continuei a olhar-te nos olhos e a sorrir, à espera que a um dado momento me visses, mas tu continuaste a olhar através de mim, como se não estivesse ali ninguém, como se eu fosse transparente. E sem parar continuámos o nosso caminho, de costas um para o outro. Tu sem me veres e eu contigo dentro.

sábado, 24 de maio de 2014

Primavera



Gosto da Primavera.
Gosto das coisas quando elas ainda não são, mas já as começo a sentir de tanto as imaginar.
Gosto da antecipação do bom que aí vem.
Gosto da promessa do que vai ser.
Gosto de sentir o corpo vibrar, sentir as coisas dentro de mim antes de acontecerem, antecedendo o prazer.
E a Primavera é uma promessa em que posso confiar, o Verão vem sempre a seguir.