Foi agora, já na idade da não-inocência que demos aquele abraço, que
nos deviamos, que já devia ter sido dado quando eramos tão novos que nada de mal
acontecia, quando a vida em si nos atirava para esse abraço, naturalmente. Como
naquela dança, em que me encostei a ti e nada mais importava. Tudo podia acabar
ali. É quando temos mais futuro, que o futuro não tem importância nenhuma...
Está sempre longe demais. Tudo demorava e por isso tudo era urgente. Agora? Já
nada importa, é tudo relativo. A vida, o tempo, as coisas , é tudo relativo.
Até os sentimentos.
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