sábado, 30 de outubro de 2010

Medo

Sinto-me como uma criança a descobrir o mundo. Vejo e sinto as coisas de uma maneira tão diferente, tão nova, que é como se tivesse renascido.
Tenho vencido muitas batalhas contra o nosso principal inimigo…esse que não nos deixa viver: o MEDO!
Não o derrotei totalmente nem sei se alguma vez o farei, mas vou continuar a tentar porque vale a pena. O alivio com que se acorda de manhã. A paz, à noite.
Já não me zango tanto comigo, por isso não espelho nos outros as minhas fúrias. Já me aceito melhor, logo os outros também a mim.
Já não tenho medo dos julgamentos alheios, nem do que pensam de mim. Sou mais autêntica (vide “De dentro”).
E muito importante, comecei a vencer a culpa, esse monstro que nos cega, tortura, corrói e às vezes mata.
Os remorsos (adoro em espanhol “remordimientos”, é mesmo de roedor…) por tudo e por nada. Fazem-se asneiras sim senhor, todos fazemos, é assim que somos, não há santos, e quem menos parece pior é. Se pudermos remediar melhor, senão, segue!
Dos meus sentimentos nunca tive medo, sempre adorei senti-los, todos, mesmo os que magoam. A vida sem eles não faz sentido, não são para poupar. A diferença agora é que não tenho medo de os mostrar. E isso é do melhor que há. É tão bom não ter medo, até me sinto mais alta!

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Partidas

Não quero que morras! Gosto de saber que existes.
Mesmo sem nunca te ver gosto de saber que estás ali. Algures. Debaixo deste mesmo sol, a sentir este mesmo frio. Nunca fizeste o que te pedi, mas sempre me deste o que eu queria. Vá lá…não morras. Não vou ter saudades porque já não são deste tempo. Mesmo longe quero saber-te feliz. A diferença do amor verdadeiro e desses outros sentimentos egoístas, possessivos e controladores é que um é generoso, solidário e eterno. Os outros, não são amor.
Não quero que morras!

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Uma questão de tempo

Em toda a minha vida vi e senti a mão de Deus, dos meus anjos, das Senhoras, ou de todos eles, dependendo da situação.
Sempre os aceitei pois só assim Eles existem, comigo. E assim, tudo, ou quase tudo, sempre caiu do céu no meu colo. Não só as coisas boas, mas também aquelas pelas quais eu precisava passar, para crescer, aprender e amar melhor.
Há coisas que eu simplesmente SEI.
Quando tomo uma decisão do tipo “vou deixar de fazer isto”, ou “ vou dedicar-me aquilo”, ou “estou farta desta gente”. Ou até “preciso esquecer…”
E se é uma decisão séria e para o meu bem, tudo conspira para que tal aconteça. Não tenho que fechar portas, desligar telefones ou lutar por isto ou aquilo. O que tem que acontecer acontecerá naturalmente e pacificamente, sem lutas. Poderá implicar trabalho, esforço, persistência, mas nunca lutas. Quando há guerra não vale a pena insistir. Não é para nós!
E também há aquelas coisas (situações, pessoas…) que reconheço, sei que são para mim, cruzam-se na minha vida várias vezes, recuso com a consciência inconsciente de que ainda não é o tempo. Até que chega um dia e de repente sei. É agora!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

"Amaste-me?"

Agora que o tempo já nos viveu posso finalmente fazer a pergunta: - Amaste-me?
Sem medo, sem nada a perder, sem máscara. Ficamos no tudo por dizer, no tudo por fazer. E chegamos a um dia em que a pergunta se impõe: - Amaste-me?
Se não quiseres não respondas, mas se o fizeres diz a verdade: - Amaste-me?
Confundo o sonho sonhado e o sonho vivido e preciso que me ajudes: - Amaste-me?
Estradas paralelas, cruzamentos, pontes para lá e becos sem saída. Preciso saber agora o caminho que fizemos: - Amaste-me?
Por aquilo que sou, por ti, diz-me, de uma vez por todas: - Amaste-me?
Grita-me cruelmente a verdade, assim despida de cores e de amores. Preciso acalmar a ânsia de saber se alguma vez fui …