sábado, 30 de outubro de 2010

Medo

Sinto-me como uma criança a descobrir o mundo. Vejo e sinto as coisas de uma maneira tão diferente, tão nova, que é como se tivesse renascido.
Tenho vencido muitas batalhas contra o nosso principal inimigo…esse que não nos deixa viver: o MEDO!
Não o derrotei totalmente nem sei se alguma vez o farei, mas vou continuar a tentar porque vale a pena. O alivio com que se acorda de manhã. A paz, à noite.
Já não me zango tanto comigo, por isso não espelho nos outros as minhas fúrias. Já me aceito melhor, logo os outros também a mim.
Já não tenho medo dos julgamentos alheios, nem do que pensam de mim. Sou mais autêntica (vide “De dentro”).
E muito importante, comecei a vencer a culpa, esse monstro que nos cega, tortura, corrói e às vezes mata.
Os remorsos (adoro em espanhol “remordimientos”, é mesmo de roedor…) por tudo e por nada. Fazem-se asneiras sim senhor, todos fazemos, é assim que somos, não há santos, e quem menos parece pior é. Se pudermos remediar melhor, senão, segue!
Dos meus sentimentos nunca tive medo, sempre adorei senti-los, todos, mesmo os que magoam. A vida sem eles não faz sentido, não são para poupar. A diferença agora é que não tenho medo de os mostrar. E isso é do melhor que há. É tão bom não ter medo, até me sinto mais alta!

1 comentário:

Sofia disse...

Querida Açuzena,é isso mesmo! Vencer os medos.. o pecado e a culpa não existem,o que existe é responsabilidade e consciência..
Sentirmos compaixão por nós próprios como sentimos pelos os outros..afinal Deus está dentro de cada um de nós..