Com um toque tudo mudou. Reconheceram-se?
Era uma festa
de aldeia dos santos de Agosto, calor, luzes penduradas das árvores e dos
postes. O povo dançava esquecendo a vida dura dos campos alentejanos. Chegaram
de carro, um grupo de jovens à procura do divertimento diferente das
discotecas, do fumo e das luzes néon.
Misturaram-se
na multidão, a rir, a conversar e a dançar. Ele e ela, por um simples acaso do
destino, deram as mãos, ele rodeou-lhe a cintura com o braço e começaram a
dançar. E ao ritmo da dança que aumentava, rodopiaram, seguraram as mãos com
mais força, encostaram a cara, os corpos uniram-se e tudo encaixou. Quando a
música parou, não se conseguiram afastar logo, olharam-se envergonhados como se
fosse a primeira vez. Queriam continuar aquela dança para sempre.
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